Vejo, ainda que verde sobre verde,
peluda, descrevendo senoidais sobre a fosforescência clórica da planta,
enquanto anda sob prateada, difusa luz, saturnina de grossa nuvem,
na noite, lenta, a lagarta.
Vejo porque vejo quando olho:
o que rebrilha de prata
e o que se escurece como que de plúmbeas plumas adornado,
enfeitado de apagamentos, abscondido no cinzento, distintos, vejo.
E tanta, quanta fibra tecendo de parte à parte, com seus lúmens, a realidade.
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