a mulher sentada sobre a bergér azul
suas grandes tetas erguidas pelo espartilho
o camafeu dos fins do XVIII
a pele alvíssima
compreenda disse-me
é misteriosamente cômica a vida
e uma fumaça insuspeitavelmente roxa de suas narinas
tu brincarás! eis a única regra
e rimos e rimos e rimos estridentemente
girando vertigens em nosso entorno
transformando corpos, mutando matéria
a mulher tornada íbis com o bico limpava a cloaca demonstrando grande sabedoria
eu tornado babuíno
mentia
Um comentário:
belo poema, esse final me arrebatou.
Obrigado pela visita ao Casa de paragens
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