sexta-feira

quando ele treme ele não treme
é o mundo em torno dele que treme o tremor dele
quando ele gira ele não gira
são as estrelas em carrossel que bailam o giro dele
quando ele brilha ele não brilha
são as coisas que se queimam fulgindo o brilho dele
secreto, secreto, e secreto sendo em toda parte o centro
explícito objeto intocável invisível inconcebível
meu amor, minha língua
eu sou tua menina desnuda na campina
eu sou teu carneirinho, ó meu pastor amantíssimo
eu sou o teu leão perseguindo-te, ó minha presa
eu sou tu, contemplando-te a ti mesmo

Um comentário:

Graça Carpes disse...

O outro... de si!
:)
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