sábado

o que Ana Paula provoca em mim quando racha lenha usando um vestido que revela os contornos de seus quadris

à Ana

de um lado
a seda carmesim sobre o veludo azul turquesa
de um outro
um jarro de prata de 1749
mais outro
a crisálida silente imperscrutável
mais lado
uma luva, uma faca, um dente humano, uma taça
ainda outro
um menino seminu de olhar flamígero
no centro frágil −
oscilante miríade de dobras dos milespaços
contendo-se a si mesmo numa vaga do possível −
um índigo hipopótamo derrama a lágrima diamantina

3 comentários:

Anônimo disse...

não gosto muito de comentar, até porque então poderia comentar em muitas, muitas, se não em todas. mas pude viver intensamente, neste momento, esta. Linda! Esplendorosa! Como você e seus poemas!

Eu e o Coxa temos nos despedido deste modo:
Coxinha: Até Jah! (assim escreve?)Como diria o Ivan.
Fê: Hasta siempre! Como diria nosso hermanito Pedro.

Hasta siempre, Buda.
e até Jah!

Anônimo disse...

estava tocando Cocorosie enquanto comentava aqui. Não sou um bom conhecedor, o cd que tenho aqui é o Noah's Ark, pelo qual sou um eterno apaixonado. Não sei se conhece, mas acredito que possa se deliciar com a euforia que causam estas meninas, com sua melancolia. Pouco entendo do que falam, vi algumas traduçoes, mas cantam e envolvem com a magia de uma Janis. Quando puder, tenha uma ótima "ceia".

pedro disse...

Salve, mano. Apareça sempre, comentando ou não. Abraços, graças & bençãos!