quinta-feira

quando fui divinizado por teus olhos

a papa
branca morna
que num instante
(a ocasião do gemido)
vigorosamente espoca
e suavemente morna
agora escorre lenta
a papa branca

(teus olhos agradecidos
e a moldura perfeita
de teus olhos agradecidos)

pelo que agradecem
teus olhos agradecidos
perfeitamente emoldurados
pelo marfim que de mim espoca?

por eu ser homem e estar em pé?
por derramar-me farto e líquido?
por colher tua santa ingenuidade?
por visitar tua luxúria incontinente?

mas, anjo meu, amigo, amante
agradeces pelo sempre teu
desde muito antes

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