domingo

a verdade é amarela tudo mais furta-cor

houve que o dia raiou amarelo
e aquela certeza simples da potência dos corpos
o girassol é amarelo tudo mais é mentira
eu não sou mentira sou girassol
Nós não somos nossa pele de sujeira, nós não somos nossa horrorosa locomotiva sem imagem empoeirada e arrebentada, por dentro somos todos girassóis maravilhosos, nós somos abençoados por nosso próprio sêmem & dourados corpos peludos e nus da realização crescendo dentro dos loucos girassóis negros e formais ao pôr do sol, espreitados por nossos olhos à sombra da louca locomotiva do cais na visão do poente de latarias e colinas de Frisco sentados ao anoitecer. (Ginsberg&Willer)
dois goles - apenas dois goles - de sofrimento me trouxeram a grande alegria
porque sabia dos amores tintos
da rubrescência das mucosas esfoladas por muito amor
dos salões perfumados de Santa Maria
do girassol da verdade

dois corpos amei sem tocar
entre tantos que toquei sem amar
o monstro terra & o girassol
(as pernas peludas de Jesus)
todos magros e morenos
o girassaol é amarelo a terra é vermelha no planeta azul
                                  eu te amo
isso é verdade

Um comentário:

deivid junio disse...

bacana, pedro. saudades de falar.
uma saudade amarela.