domingo

0
não é hora de escrever um poema
escrevê-lo seria fórceps
metal contra o feto
luar de meio-dia
aracuãs aos bandos gritando a claridade quando no céu encobre o veludo negro (a pele da mãe arqueada)
1
propósitos insossos escorrendo nas paredes dos cafés da lagoa da conceição
caio fernando abreu nas mãos, hilda hilst na cabeça
uma transa incompleta com o rapaz da cidade da palhoça
sessões de sadismo & delicadesa com o ente da pele alva
um sol de sete brilhos refletido nas águas dela
18 anos, olhar do estrelado, asas nos pés, trombeta na mão:
uma lista anuncia meu fim

Nenhum comentário: