Lucas,
não é que odeie todas as bichas que querem fazer édipo, realizar papai mamãe com o rabo
não que eu queira assa-las todas em espetos infernais e grampear seus olhos e obturar seus dentes sem anestesia
não é que pretenda afundar em uma grande tina de merda todos os viados que fazem de sua grande luta política a legalização do casamento gay
admito, Luquinha, tudo muito legítimo...
mas esses não são, não podem ser, não querem ser, não são
bichas libérrimas
meninos meninas de túrgidas picas
cus abissais por onde corre minha mão, meu pau, minha língua e -- ah, suprema memória de ter sido possível -- minha barbuda cara inteira dentro
corpos inventados em delírio & aflição
maldição insuportável contra a falocracia e seus desgraçados machos scum
plumas delicadas & afiado aço contra a rudeza do jeans, contra a cabeça de Deus
eficaz destruição do pilar da sagrada família e as neuroses gosmentas da confraria reacionária unidos-em-série
Lucas,
viados edipianos são os agentes de linha de frente do aparelho de captura do normal, estatal, civilizado
o homossexualismo como uma bestialidade anti-tradição é uma máquina de guerra nômade desterritorializante, pacto demoníaco, grande anomalia testemunha da baixeza da covardia do macho
Nenhum comentário:
Postar um comentário